quinta-feira, julho 29, 2004

F�rias
 
Alegria...Busca...Concentra��o...Descanso...Entrega...For�a...Gargalhadas...Hesita��o...

Imperial...Jogos...Kremlin...Liberdade...Maldade...Novidade...Orgulho...Pluralidade...
 
Quimera..Revolta...Sorrisos...Tempestade...Uni�o...Ver�o...Zombaria.

� isto que procuro, � isto que quero deste tempo de hiberna��o no qual vou entrar! Quero isolar-me mas conviver, encontrar-me a mim e os outros em mim, redescobrir a vida vivendo cada minuto na sua maior plenitude. Sigo govinda* na minha maior imensid�o, partindo de f�rias mas levando a saudade como �nica bagagem.

Um grande At� j�...
 
*Govinda = palavra indiana que simboliza um caminho de felicidade e plenitude. (acertaste em cheio...)

sábado, julho 24, 2004

Amigo...

A busca de n�s pr�prios obriga a uma luta constante que vinca as rugas de cansa�o na face de cada um...procuro-me agora por entre a neblina que depositaram na minha vida t�o clara e l�mpida, mas n�o vou desistir enquanto n�o me redescobrir inteira, �nica, simplesmente complexada. 

Quero reencontrar-me com quem fui e com quem eu sei que sou mas que, por diversas e in�meras circunst�ncias, o eu presente aprisionou o outro eu que antes me preenchia e reflectia um sorriso nos outros.

Quero-te ver a sorrir ao meu lado, n�o porque de mim gostas, mas porque te preencho, porque te trago alegria ao presente maltratado. A vida n�o � beijo, n�o � sexo, nem muito menos amor...vida � simplesmente viver...vem viver comigo, ent�o! Vem lutar por ti, em mim...vem e deixa-me ir em meu aux�lio, para assim te poder abra�ar e pegar ao colo em todos aqueles momentos em que te apetece chorar...

Continua apenas a ser O meu melhor amigo...abra�a-me... 

segunda-feira, julho 19, 2004

As batidas entram no meu ouvido como facadas de um material de a�o, que me ferram, me queimam, me deixam sem f�lego...

O cora��o de pulsa��o acelerada provoca no meu corpo sensa��es e atitudes estranhas, as quais n�o controlo...mas deixo que elas existem, pois s�o sinal de liberdade [que tanto ambicionamos e que tanto nos falta...as pris�es, essas malditas...]...olho para o lado e a face das pessoas aparece desfigurada, desenquadrada, variada...n�o faz mal [todos diferentes mas todos iguais!], gosto da desigualdade de padr�es...

Fecho os olhos e ergo a cabe�a, entregando-me �quele beat t�o forte, que penetra no meu Ser como um esp�rito maligno que deixa a sua semente dentro do meu c�rebro e me condiciona a ac��o...bendita "cave", bendito grupo que para l� me arrastou, vida malvada nos separou, desintegrou e deu oportunidade a outros de se juntarem...outros diferentes, outros desiguais...mas n�o faz mal...(nunca faz mal...).

Entrego-me por completo e ignoro os olhares penetrantes de quem me vigia, deixo-me naufragar no sabor da m�sica que entra agora pelos ouvidos de todos o que est�o ali na "cave". Liberto o meu corpo, deixo-o suar como nunca, balan�o-me para a esquerda e para a direita, toco com a m�o no ch�o...rodopio...sou feliz...todos dan�am...todos est�o na boa...os corpos tocam-se sensualmente sem ningu�m reparar...o contacto f�sico na "cave"...os olhares, os toques...o sexo garantido depois de uma noite bem dan�ada... [cada um faz o que entende!]

Salto para a coluna, deixo que o esp�rito me saia pelos poros, sei que capto alguns olhares extasiados mas n�o me importo, vou comigo nesta viagem virtual que me vai levar ao orgasmo mental...rebenta a escala e o pessoal grita, eu grito...a "cave"... [miscel�nea de sentimentos sempre que vou ao Kremlin]




quinta-feira, julho 15, 2004

Procuro mais da sede de viver do que propriamente beber s� de ti. Por tal, hoje, quando acordei, simplesmente sorri. Porque sorrir invoca paz, encontro connosco pr�prios, com a infantilidade que diariamente temos que esconder nas rela��es estabelecidas com o mundo. Porque ao sorrir eu entreguei ao mundo a oportunidade de me conhecer como pureza e ess�ncia, e n�o como mistura e resultados de experi�ncias vividas, passadas.

Sorri. E fez me t�o bem sorrir novamente.

Sai de casa ao encontro de pequenas coisas que h� muito eu perdi de vista. Reparei no sol a nascer, as pessoas apressadas sa�am de casa atrasadas para algum contrato que lhes comprometia a vida. Como as coisas que possu�mos nos acabam por possuir [n�o �?...]. Sentei-me sobre minha M�e Natureza e observei cada movimento com calma e paci�ncia. Renovei as minhas energias em contacto com a minha parte mais genu�na e n�o senti medo de me perder, n�o tive medo de naufragar na minha espiritualidade e cedi � naturalidade dos acontecimentos...e...desapareceste da minha mente, do meu cora��o e os meus sentimentos rodearam-se de uma �urea de luz violeta e senti que estava curada de todos os males que afrontavam o meu ser e n�o me deixavam viver na simplicidade da exist�ncia...e...

Caminhei para casa sem vergonha de sorrir e falar sozinha, a condena��o alheia n�o mais me aflige a partir de agora...voltei a ser Eu, apaixonada pelos meus ideais e pela minha Paz Espiritual, a desenhar o trilho que dantes eu deixei que me tra�assem...voltei a ser feliz e plena de pacifica��o!

E tudo porque sorri.


segunda-feira, julho 12, 2004

Atr�s de ti!

Sigo as tuas pegadas na areia, para n�o dares conta de mim visto-me de transpar�ncia e vagueio pela praia semi-nua, sentindo a brisa do mar implorando para me tocar no corpo, arrepiar-me a pele levar-me � loucura com um simples e mero vest�gio...deixo-me seguir por ti, sei para onde te levas, n�o sei para onde vou contigo! N�o olhas para tr�s, n�o tenho receio que me vejas! N�o � tua caracter�stica retornar ao passado, por isso prossegues a caminhada, e eu sempre ao p� de ti, sem tu notares sequer que a� estou!

As rochas, o vento, a mar�, as gaivotas fren�ticas procurando alimento, ternura, sobreviv�ncia...altivo, imp�es-te em cima de uma pedra e abres os bra�os para sentires com toda a for�a o poder do mar, o poder do vento, o poder de seres homem e ningu�m te poder derrubar. Que vontade tenho de chegar at� ti, te abra�ar e te levar para longe, para te amar...mas n�o, fico c� em baixo, olhando-te de esguelha como quem n�o quer a coisa, porque afinal n�o precisas de mim e eu se analisar bem as minhas for�as tamb�m n�o me fazes falta...

Deixas para tr�s mais outro momento de plenitude que, pela tua ignor�ncia, n�o aproveitas na sua totalidade e continuas a caminhar...nunca reparas em mim, mas eu n�o me importo, porque basta para mim eu reparar em ti, por isso caminho sempre na tua sombra, para que nunca olhes para o lado negro da tua vida, para que nunca te sintas triste por alguma coisa...nunca choraste verdadeiramente � minha frente...nem eu nunca chorarei � tua! Aquelas l�grimas que de alguma forma derramamos um dia foram apenas o reflexo do medo de ficarmos sozinhos...pois j� n�o tenho medo...



Irei sempre te seguir, acompanhar as tuas pegadas...estarei sempre atr�s de ti j� que n�o me queres a teu lado...

...quando tiveres coragem, olha para tr�s...

sexta-feira, julho 09, 2004

Nega��o!

N�o me olhes nos olhos, n�o quero sentir que sou pequena...n�o feches a porta, n�o me abandones, faz com que eu n�o pense. Quero ser fria. N�o te rias, deixas-me nervosa e envergonhada. Nem te mexas, fica asssim para te tirar uma fotografia mental e guard�-la com mais carinho que alguma vez eu sentirei por ti.

Deixa-te estar assim, quieto, n�o fales pois n�o vale a pena, o sil�ncio nao incomoda mais...N�o, n�o me voltes a olhar, j� disse que n�o o quero. Respeita-me e aprende a ver-me como algu�m que te faz falta, como algu�m que foi mas que ainda � na tua vida. V�-me como uma borboleta j� feita mulher e n�o uma simples larva ainda por crescer e aprender.

O soco que me deste avivou em mim sentimentos h� tanto tempo escondidos e perdidos. Sim, podes vir ter comigo agora, mas n�o olhes nem fales, incomoda-me o teu olhar e a tua voz. Transcende-me o Ser. N�o quero mais ter-te aqui comigo e ver que somos um s�, quero-te distante do meu pensamento, quero te ver partir e sentir-me feliz por isso.



P�ra, escuta o som que o meu cora��o canta para ti. N�o percebes que pertencemos um ao outro...sim, estou outra vez fora de mim, pe�o perd�o. N�o quero mais sentir-me assim: rebaixada perante a tua gigantesca presen�a.

N�o te quero pedir desculpa, n�o sinto que o deva fazer. Anda, caminha em minha direc��o mas n�o te aproximes em demasia porque me deixas descontrolada, salto para ti e n�o mais me apanhas. N�o repares em mim quando estou contigo mas sente a minha falta quando est�s sozinho. N�o elogies as minhas cal�as, v� antes o meu corpo, mas n�o te limites a venerar a minha pele, encontra a minha esss�ncia, o que trago debaixo da roupa, o que transporto dentro de mim.

N�o, n�o estou gr�vida mas podia estar e neste momento n�o me importava. Queres ter um filho? Ah, meu n�o. N�o faz mal, n�o fales. N�o quero saber! Tens outra? Tal como no meu sonho. Ent�o chega. Deixa-me voltar a dormir e sonhar, porque enquanto sonho n�o encaro a realidade e sempre te posso venerar como ainda sendo meu...

terça-feira, julho 06, 2004

Lembra-te algo?...

�E eu fui, com ele. N�o foram onze minutos, mas uma eternidade, era como se os dois sa�ssemos do corpo e caminh�ssemos, em profunda alegria, compreens�o e amizade, pelos jardins do para�so. Eu era mulher e homem, ele era homem e mulher. N�o sei quanto tempo durou, mas tudo parecia estar em sil�ncio, em ora��o, como se o Universo e a vida deixassem de existir e se transformassem em algo sagrado, sem nome, sem tempo. (...) Abra��mo-nos como se fosse a primeira vez que tiv�ssemos feito amor nas nossas vidas.
(...)
Em seguida abriu um livro e leu:
"Tempo para nascer e tempo para morrer.
Tempo para plantar e tempo para arrancar a planta.
Tempo para matar e tempo para curar.
Tempo para destruir e tempo para construir.
Tempo para chorar e tempo para rir.
Tempo para gemer e tempo para bailar.
Tempo para atirar pedras e tempo para recolher pedras.
Tempo para abra�ar e tempo para se separar.
Tempo para ganhar e tempo para perder.
Tempo para guardar e tempo para deitar fora.
Tempo para rasgar e tempo para coser.
Tempo para calar e tempo para falar.
Tempo para amar e tempo para odiar.
Tempo para guerra e tempo para paz."


Aquilo soava como uma despedida. mas era a mais linda de todas as que eu podia experimentar na minha vida.�
Paulo Coelho em Onze Minutos



Ao som de Paul van Dyk ("Time of our lifes...") pergunto-me se te lembras de algo hoje...

segunda-feira, julho 05, 2004

O remexer do Ba�

Um misto de sentimentos que surgiram porque novamente senti o passado remexer com o presente e aquele piscar de olhos, e aqueles bra�os apertando-me contra o corpo que venerei um dia l� atr�s! este Fantasma fez me esquecer por momentos a dor que sinto em ter perdido a "chave da felicidade" e a ingenuidade de cada gesto e de cada olhar que trocamos reportou me para um ano atr�s quando me sentia fr�gil perante a gigantesca presen�a dele...e senti me t�o pequena quando ele me perseguiu com o olhar e quando, ao fixarmos os olhos um no outro ele sorriu com cumplicidade! sei que apenas mais uma fui na vida dele, mas ontem fui eu, Andreia, perante ele, Fantasma...e senti me bem com o facto de ficar nervosa e de estremecer quando ele passava por mim e de me sentir observada, olhada e quem sabe desejada...porque depois de um m�s (fez ontem...) eu voltei a sentir me viva...porque � preciso penar para aprender a viver, e a vida n�o � existir sem mais nada, a vida n�o � dia sim dia n�o, � feita de cada entrega alucinada, para receber daquilo que aumenta o cora��o!, j� dizia Mafalda Veiga! e eu assino por baixo....

sexta-feira, julho 02, 2004

�s vezes � preciso escolher. Decidir. Optar.

Estou em frente da tua casa, n�o sei se hei-de tocar e falar contigo, dar te um abra�o e dizer: "Apesar de tudo ainda te Amo..." ou se hei-de ficar aqui, quieta, vendo vultos vagueando pela casa, sem coragem e impotente, imaginando como seria se desse o passo fatal.

N�o sei se hei-de arriscar receber um "N�o" que destruir� este "Sim" ilus�rio que, mesmo n�o existindo, me d� esperan�a para viver, para manter os meus olhos abertos, � procura de uma nova Luz. N�o sei at� que ponto ver a tua face, o teu sorriso, o teu olhar vai ser bom ou vai deixar a minha alma ainda mais esfarrapada do que j� est�.

� preciso fechar os olhos e ouvir o cora��o. Sentar e meditar. Escutar a voz de Deus com aten��o, sem medo, sem dubiedade...a vida � feita de cada entrega e paix�o, de cada escolha acertada ou mesmo errada, a vida � feita de coragem.

Afasto-me da tua casa...do meu sonho, do meu mundo, da minha liberdade e plenitude.

Sim...porque, �s vezes, continua a ser necess�rio escolher. Decidir. Optar.