Escreve. Não é um pedido, é uma ordem. Escreve. Tens de escrever. É necessário que escrevas. Exijem que escrevas. Precisam da tua escrita.
Escreve, e se não conseguires, persiste. Pois terás que escrever. Escreve sobre o mês, o frio, o amor, o sexo. Aquele tão suculento que qualquer um gostaria de ter. Sexo, sim, bom tema. Então, escreve.
Aliás, escreve antes sobre o amor. Sexo é pecado. Amor é amor. E amor todos nós precisamos. Pois escreve! Escreve hoje que amanhã já se torna tarde. Aliás, escreve agora que daqui a uma hora já é tarde. Daqui a cinco minutos já é tarde. Agora já é tarde. Por isso, tens de escrever! Escreve, caramba! Que custa?
Por favor, escreve...abre as asas da tua imaginação, ou então não abras, ou não faças nada, mas escreve...se escreves, dou-te um prémio. Se escreveres, serei teu para sempre...
Não escreves? Está bem! Não escrevas. Outro o fará em teu lugar...
«Desculpa, mas já não sei escrever...perdi o jeito, se o tinha. Perdi o vagar. Perdi, essencialmente, a caneta com que escrevia. E foi como se ela me levasse a inspiração. Por isso, não escrevo. Pois não posso. Por agora. Por amanhã. Por ontem.»