N�o sou mais que um Peregrino...
Cheguei ao fim da linha, ao limiar da minha for�a, ao limite da coragem. A caneta j� n�o tem tinta, as folhas j� acabaram, a imagina��o cessou. O olhar n�o tem brilho, o sorriso nos l�bios desvaneceu, o corpo perdeu a in�rcia. Os livros ganham p�, as revistas perdem a cor e a casa habita-se de fantasmas.
N�o quero desistir do combate, sei que ainda h� muito para lutar: uma caminhada pedragosa, com encruzilhadas e centenas de emboscadas espera por mim; Mas os p�s descal�os est�o como um farrapo e a pele escama-se sem piedade.
Procuro uma pedra grande para sentar e dar um pouco de descanso ao olhar cansado. Mas as pedras s�o min�sculas e apenas existem para dificultar a mudan�a.
Estou t�o cansado.
Os olhos desca�dos e o rosto que n�o ri saquearam o lugar � face alegre e ao brilho na �ris. N�o sou nada neste momento porque foi de mim roubada a parte que me dava liberdade.
Tu sa�ste do meu trilho e nem eu pr�prio medi as consequ�ncias de tal abandono. Olha para mim, por favor, e n�o me reconhecer�s.
N�o sou mais de um peregrino que procura uma pedra onde se sentar...
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