Ele vagueia. O espírito pobre, remendado de pedaços de uma vida almadiçoada. Vagueia. O espírito...Pelas ruas de Lisboa contrasta com os livres felizes, que partem à descoberta da selva, selando compromissos suicidas com a vida. Ele contrasta. Ele vagueia. O espírito...Apanha pequenas beatas do chão, crava lume ao desconhecido que nem olha para ele, porque receia ser preso pela ingratidão. Prossegue. E o espírito fuma mais cinco minutos da sua vida. Contrasta e vagueia. O espírito...ronda a esquina na qual monta o seu leito, reza ao Pai que não o castiga mas o perdoa; porque ele escolheu este leito. porque optou por onde se deitar. E na escura esquina da morte, no fundo do beco da vida, um tiro no escuro (perdido no ar...) embate no coração fraco do espírito.
E morre. Mas continua a prosseguir, a contrastar e a vaguear. Porque é espírito...[e está sempre ao nosso lado!]
3 comentários:
Cheio de imagens desconfortáveis, como devia ser um texto jovem.
Nunca conformista.
O tiro é dado por todos nós..
e o espírito não morre. é para sempre nosso. Para sempre segredo. Para sempre companhia. Para sempre... *
porque é espírito... e porque cada vez escreves melhor... bjs*
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