quinta-feira, abril 28, 2005



Sufoco. A cada palavra tua não dita. A cada sorriso teu afastado. A cada gesto teu escondido.

Morro. Matas-me ou Mato-me. Talvez te Mate, pior ainda, talvez nos Mate.

Sufoco, na verdade, perco o ar. A cada memória extraviada no tempo. A cada música que recordo. A cada texto composto pelas estrelas.

Sinto-me mais que amarrada, numa teia de aranha que me prende as pernas e os braços e não me deixa naufragar no dia, na noite, nas horas...em mim!

E espero, já sem fôlego, que venha a Luz e que ela, eroticamente, me desenlace destas cordas de fumo e me deixe sentir como é ser Livre...

8 comentários:

A Gerência disse...

Belo...
De vez em quando ainda escreves umas coisitas :P
É verdade que enquanto procuramos inimigos a quem culpar saltamos por cima de nós..

Anónimo disse...

Quantas vezes nos sentimos assim, tolhidas, como se cordas náuticas nos impedissem de expressar os nossos sentimentos e desejos...E essas fortalezas de silêncio são tão destrutivas da nossa energia...
Esperemos pela luz!

Guilherme disse...

Por muito que o neguemos, por muito que afirmemos e confirmemos o nosso desejo de Luz, não deixamos de ser pequenos vampiros que adoram a escuridão e só nela conseguem viver. Por muito que gritemos que não, por muito que desejemos conscientemente sermos livres, inconscientemente procuramos uma corda que, sub-repticiamente, se entrelace no nosso corpo e nos prenda a algo. Gostamos de sofrer...

Angel disse...

Como te compreendo!
* * * *

Anónimo disse...

Às vezes acho que a liberdade está em nós. no modo como vemos as nossas proprias amarras e no modo como queremos ser livres ou não. nem sempre o queremos, acredito. Beijo grande amiga:)***

Pincel

Anónimo disse...

Às vezes acho que a liberdade está em nós. no modo como vemos as nossas proprias amarras e no modo como queremos ser livres ou não. nem sempre o queremos, acredito. Beijo grande amiga:)***

Pincel

Hearthy Lovin Greens disse...

às vezes sinto que o tempo me extravia. Engana-me, aldraba-me. parece que os pulsos e os passos não são meus, cada esconderijo já está gasto por alguém.
a memória também me extravia. espero pela noite que me mata menos.
Sinto o momento de prisão, molhada depois de um grande naufrágio.

*

Anónimo disse...

haverá luz?