O vinho branco sobre a mesa. Um trago determinado, sem dúvidas nem incertezas, fixado num olhar permanentemente apaixonado. Cantarolar alguma coisa ao sabor do jantar, sonhar e viajar embriagada contigo, numa rota desenhada a lápis de cera colorido.
Pegas na minha mão sem pensar duas vezes se fugir será a opção mais coerente; corres e transportas-me para outra dimensão. Já não sinto a tua mão. Os corpos flutuam os dois pelo tempo na procura de um equilíbrio onde assentar o olhar. Encontro-te em mim, como se o teu Eu se se tivesse desintegrado totalmente no meu ser.
E mais um trago desse vinho meio seco. Os olhos tendem a fechar, talvez cansados de espelhar gargalhadas e risos. Agora só procuram o repouso de uma noite em que os meus braços são continuação dos teus e as nossas cabeças tombam e os nossos corpos se unem como elos de um colar de pérolas infinito.
E vamos os dois, pela (e na) garrafa de vinho, dormir sossegados, um no outro...como se não houvesse mais amanhã nem mais vinho nem mais «nós»...como se nos tornássemos total e infinitamente embriagados um do (no) outro!
2 comentários:
Lembro-me destas palavras que várias vezes as digo: Por vezes páro. Há limites. Não é que eu os tenha, mas respeito os dos outros. E tem vezes que é bem melhor pensar que os há por alguma coisa!
:)
nossa
me apaixono por suas palavras =)
vc realmente tem o dom nisso
espero que continue pois expressar é algo belo e dificil porem eternamente continuo
mas como não sou de ficar falando coisas belas e sim um cara fanfarrão
ja não tenho mais o que dizer ^^
desejo toda a sorte e inspiração para que continue seu trabalho
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