sexta-feira, junho 25, 2004

Sozinha

Por muito que me tente abrigar por detr�s desta m�o cheia de m�scaras, na minha ess�ncia procuro ainda uma resposta para a exist�ncia de tanta dor...
Ap�s teres fechado a porta e de eu ter rodado duas vezes a chave na fechadura, esperando n�o mais voltares porque, como n�o o irias fazer eu n�o o teria que imaginar, a dor apossou-se do meu corpo e o sil�ncio instalou-se nesta casa onde, antigamente, a tua voz ressoava e os meus risos pintavam as paredes de milhares de cores...Agora resta-me o sil�ncio, as paredes cinzentas pedindo risos, os ecos que j� n�o existem, a vida que morreu...Quero abrir de novo a porta mas d�i ficar � tua espera eternamente na entrada, por baixo da ombreira castanha...sei que n�o voltas, que n�o mais queres entrar...ent�o para qu� esperar por quem nunca chega?...� prefer�vel viver na esperan�a e no engano, ou realmente encarar e amadurecer com a realidade?
Tento aprender a viver com esta aus�ncia e solid�o, tenho tanta e t�o pouca gente ao meu redor, gente j� mo�da com esta hist�ria, j� cansada de acarretar com o peso de n�o saber mais o que dizer..pois n�o digam, n�o quero ouvir...deixem-me contemplar este sil�ncio ensurdecedor, deixem-me viver com esta solid�o, deixem-me mergulhar nesta tristeza...j� n�o tenho risos nem pinc�is para colorir a minha vida, j� n�o tenho nada para ofertar ao meu pr�ximo! j� n�o sou quem conheci...



Sou apenas um mero po�o de l�grimas...

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