sexta-feira, setembro 03, 2004

[Continua��o...]

Mas tamb�m sei que sou livre, hoje, aqui e agora. Livre para receber tudo o que a vida se dignar conceder-me, se eu for digna para o guardar. Livre para dizer que te amo sem nada esperar em troca. Livre para saudar o Sol, dan�ar � chuva, dirigir uma prece � Lua, invocar todos os meus Dem�nios. Livre para saber que a vida � um Dom e eu fui aben�oada com ele...

Penso. A liberdade surgiu-me atrav�s do olhar que naquele sil�ncio arrefeceu todo o meu corpo e despertou a verdade. Apercebi-me que sou livre de destruir tudo o que queira mas que, ao mesmo tempo, possuo em mim toda e qualquer capacidade de criar. Por isso naufrago na descoberta da cria��o e construo ao meu redor uma �urea de luz t�nue que me atraca a ti. Cheguei.

Cheguei, esperando tudo sem nada esperar, cheguei muda, cheguei rendida � for�a daquele olhar. Estendeste-me a m�o e a autenticidade desse gesto singelo voltou a unir a linha transparente que sempre nos levou a bom abrigo.

E apenas esse gesto desfez o gelo que me cortava enquanto me encontrava em ti. E apenas esse gesto destruiu a palavra, o olhar, os corpos angelicais que suam incondicionalmente por se sentirem t�o perto...

E tudo se desfez com aquele teu gesto s�...



Texto escrito no dia 30.Agosto.2004 , em conjunto com a Vi



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