As batidas entram no meu ouvido como facadas de um material de a�o, que me ferram, me queimam, me deixam sem f�lego...
O cora��o de pulsa��o acelerada provoca no meu corpo sensa��es e atitudes estranhas, as quais n�o controlo...mas deixo que elas existem, pois s�o sinal de liberdade [que tanto ambicionamos e que tanto nos falta...as pris�es, essas malditas...]...olho para o lado e a face das pessoas aparece desfigurada, desenquadrada, variada...n�o faz mal [todos diferentes mas todos iguais!], gosto da desigualdade de padr�es...
Fecho os olhos e ergo a cabe�a, entregando-me �quele beat t�o forte, que penetra no meu Ser como um esp�rito maligno que deixa a sua semente dentro do meu c�rebro e me condiciona a ac��o...bendita "cave", bendito grupo que para l� me arrastou, vida malvada nos separou, desintegrou e deu oportunidade a outros de se juntarem...outros diferentes, outros desiguais...mas n�o faz mal...(nunca faz mal...).
Entrego-me por completo e ignoro os olhares penetrantes de quem me vigia, deixo-me naufragar no sabor da m�sica que entra agora pelos ouvidos de todos o que est�o ali na "cave". Liberto o meu corpo, deixo-o suar como nunca, balan�o-me para a esquerda e para a direita, toco com a m�o no ch�o...rodopio...sou feliz...todos dan�am...todos est�o na boa...os corpos tocam-se sensualmente sem ningu�m reparar...o contacto f�sico na "cave"...os olhares, os toques...o sexo garantido depois de uma noite bem dan�ada... [cada um faz o que entende!]
Salto para a coluna, deixo que o esp�rito me saia pelos poros, sei que capto alguns olhares extasiados mas n�o me importo, vou comigo nesta viagem virtual que me vai levar ao orgasmo mental...rebenta a escala e o pessoal grita, eu grito...a "cave"... [miscel�nea de sentimentos sempre que vou ao Kremlin]
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