segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Desculpa...
Se, ao te ver sentado nas escadas do meu pr�dio, te tratei com aspereza e desprezo...
Se, em vez de te dizer ol�, te lancei um olhar mal�fico e assassino...
Se n�o correspondi �s tuas espectativas e mantive-me ausente em resposta � tua perman�ncia...
Se te afastei com um bra�o e se te ignorei como se fosses apenas mais um vagabundo em pedido de aux�lio...

Desculpa....

Abra�as o mundo de uma maneira que n�o consigo entender e pretendes que eu seja a tua t�bua de salva��o, que me mantenha sempre activa e presente, disposta a dar a minha pr�pria vida por ti...se te perdes, sou eu que te encontro...se me negas, sou eu que te reconforto...se me ignoras, eu dou-te raz�o...se me menosprezas, eu me odeio...
Porque � que ser� que tudo o que fazes tem um subconsequ�ncia em mim? Ser� que n�o atingirei o orgasmo da liberdade nunca?...Permanecerei sempre nesta situa��o tremida, de um vai e vem inconstante....?
Tentei, juro que tentei entrar na tua alma e desvendar o segredo que trazes contigo � anos...porque � que n�o me deixas compreender-te?...porque ser� que p�es sempre esta barreira entre n�s? n�o serei aquilo que pretendes? se n�o sou, porque recorres sempre a mim? porque sou sempre a tua primeira op��o para aniquilares os teus medos? porque sou eu que, ainda em noites de trovoada, te abra�o com o carinho de uma m�e?...
N�o entendo...
N�o concebo a ideia de mais uma vez me manipulares, me manuseares conforme a tua vontade, de me moldares como barro...n�o concebo a imagem de me ver derreter em tuas m�os...

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